A turma se uniu e realizou uma manifestação na frente do Ministério Público
O problema ocasionado devido à falta de um intérprete durante as aulas está causando prejuízo aos acadêmicos com necessidades especiais. Andressa Abreu, Silvanio Silva e Cléssia Bezerra enfrentam diariamente uma luta árdua. Desde o início do período letivo que os acadêmicos realizam pedidos para Universidade Federal do Acre (Ufac) em busca da contratação de um intérprete para acompanhar as aulas juntos com os estudantes, mas desde janeiro nenhuma resposta foi dada à turma.
A turma de Pedagogia indignada com a situação decidiu realizar um manifesto em frente ao Ministério Público na manhã desta quinta-feira(17) e protocolaram junto ao órgão um documento pedindo a imediata contratação de um profissional apto a atender os acadêmicos com necessidades especiais.
Francinete Abreu é mãe da acadêmica Andressa, uma das prejudicadas com a falta do intérprete, e junto com os estudantes aderiu ao movimento.
“ Desde o inicio do ano eles sabiam que receberiam esses alunos e não se adequaram. Buscamos conversar com as pessoas responsáveis, mas até agora nenhuma reposta foi dada” falou a mãe da acadêmica.
Durante algumas semanas voluntários realizaram as interpretações na Universidade, mas atualmente os acadêmicos estão desassistidos. O Diretório Central dos Estudantes realizou um manifesto inicial no Campus Floresta convocando outros acadêmicos para se mobilizarem na causa.
“ A Ufac se disponibilizou a garantir a vaga de pessoas deficientes, mas incluir não significa simplesmente jogar dentro da universidade, eles tem que garantir profissionais para atende-los” explicou Maycon Silva, vice-presidente estadual do DCE.
Segundo o representante da turma de pedagogia, Alessandro Souza, os problemas da Universidade não se restringem a falta de um intérprete.
“ Na universidade existem ainda outros casos problemáticos, como alunos com deficiência física que não tem acesso a elevadores, pessoas com obesidade e não tem um assento certo que suporte essas pessoas, precisamos de respostas imediatas”, disse.
A pretensão dos acadêmicos é mobilizar todos os alunos do Campus Floresta e realizarem um novo manifesto com um número maior de estudantes que lutem com sentimento pela causa que não é apenas dos três estudantes, mas de outras pessoas que possam ingressar no Campus e tenham a mesma necessidade.
Tribuna do Juruá – Vanisia Nery