Os moradores da cidade de Brasiléia estão destinados a conviver com a lama e destruição por muito tempo, caso os poderes constituídos do Estado não intervenha nas decisões politiqueiras do momento.
Nesta sexta-feira, dia 13, o que restava do maquinário disponibilizados, menos de 40 conforme disse a vice governadora Nazaré Lambert (PT) em uma de suas visitas para entregar donativos, foram levados embora por determinação do alto escalão do Deracre.
A confirmação fora feita pelo vereador da base aliada, do PSB, Carlinho do Pelado, que vinha trabalhando na limpeza da cidade. “Infelizmente não compactuo com essas decisões e quem vai perder, é a população”, disse por telefone.
Foi informado que, o município de Brasiléia teria recebido uma quantia de R$ 300 mil reais, destinados ao aluguel de maquinários para que fosse dado a continuação da limpeza, o que não seria verdade. Neste contexto, o Deracre também teria recebido repasse federal para trabalhar por 30 dias, mas foi reduzido pela metade.
As 15 caçambas, 04 pás carregadeiras, 04 retroescavadeiras, 04 ‘bobcats’, 04 pipas, 01 caminhão ‘melosa’ e um trator de esteira, maquinário muito abaixo do que foi informado pela vice governadora, já não estão ajudando o município como foi dito pelo Governo.
O Plano Detalhado de Resposta – PDR do município, não estaria orçamentado para essa demanda, fazendo então, com que a limpeza passe a ser demorada e prejudicial aos munícipes de Brasiléia. Desde que seja captado mais ajuda do governo federal para os próximos dias, aja visto que, o que está sendo repassado não é o suficiente para a recuperação e reconstrução da cidade.
Segundo foi informado pela prefeitura de Brasiléia, o setor jurídico está sendo acionado para que o Ministério Público possa intervir nesta decisão, aja visto que a Prefeitura não tem condições sozinha de arcar com toda a recuperação e reconstrução das áreas afetadas.
Versão do Deracre
Em conversa com o diretor do Departamento de Estrada e Rodagens do Acre – DERACRE, Ocírodo Júnior, confirmou que a retirada se deu devido a Defesa Civil entender que a cidade não estaria mais em Estado de Emergência, reduzindo o prazo de 30, para apenas 15 dias para os trabalhos de recuperação.
Assim, o repasse financeiro por parte do governo federal vai ser cortado e o governo do Acre, não teria capital para manter toda a estrutura na cidade.
“Não podemos arriscar em ter prejuízo e correr o risco de não receber o repasse da Defesa Civil. Por isso, retiramos os maquinários”, disse o diretor do Deracre por telefone.
Alexandre Lima, de Brasiléia/Acre