Corpo da vítima foi encontrado dentro de casa embaixo de um colchão. Polícia prendeu outro indígena acusado do crime.
O corpo de Abraão Barbosa da Costa, 38 anos, integrante do povo indígena Poyanawa, foi encontrado na manhã de terça-feira (23). Izaqueu Barbosa, irmão de Abrão chegou à residência às 8h da manhã e se deparou com sangue por baixo da casa, ao entrar encontrou o corpo coberto com um colchão.
A vítima estava sozinha em casa naquela noite, a mulher e os três filhos estavam em Cruzeiro do Sul.
A Polícia Civil foi acionada e se deslocou à terra indígena localizada na Comunidade Barão, zona rural de Mâncio Lima. O delegado Roberto Lucena acompanhado de peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local do crime onde foram colhidas provas cientificas que ajudaram na investigação. O indígena foi morto com perfurações e várias terçadadas, sendo que uma delas quase partiu por completo a cabeça da vítima.
O delegado foi informado de que o indígena tinha uma quantia em dinheiro em torno de R$ 14 mil, já que trabalhava com a compra e venda de farinha. A principal hipótese levantada foi de latrocínio, roubo seguido de morte.
O facão utilizado no crime foi encontrado no banheiro de um primo da vítima. A arma ajudou nas investigações e rapidamente a polícia chegou ao autor do crime.
Trata-se de Marinho Rosa Batista, o Bombom, que também é indigena. Ele alegou que estava devendo 4 sacos de farinha para Abrão e durante à noite foi à casa da vítima tentar um pagamento em dinheiro, como não houve acordo decidiu voltar durante a madrugada para matá-lo e deixou a arma no banheiro do vizinho.
A versão do acusado não convenceu o delegado, Roberto Lucena, que reponde pela Delegacia de Mâncio Lima. A vítima estava com a roupa abaixada e o acusado confessa que procurou por dinheiro, com isso o delegado entendeu que Bombom matou para roubar. Ele foi autuado em flagrante por latrocínio e encaminhado ao Presídio de Cruzeiro do Sul.
Para não levantar suspeitas o acusado ainda esteve acompanhando a movimentação no local do crime e o trabalho da polícia, antes de ser preso.
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www.tribunadojurua.com – Genival Moura