A dívida pública consolidada do Acre nos últimos quatros aumentou em 93%, saindo de um montante de R$ 1,8 bilhões em 2007, para R$ 3,6 bilhões em 2014. É o que mostra levantamento feito pela Contilnet Notícias a partir do balanço orçamentário do Estado, divulgado na edição de sexta-feira (30) do “Diário Oficial”. O salto representa o maior entre todos os governos petistas no Acre. Somente em 2012 o governo Tião Viana contratou mais de R$ 1 bilhão em empréstimos.
A dívida representou mais da metade do orçamento do Estado ano passado, que foi de R$ 5,3 bilhões. Para pagar esta dívida, o Acre precisou multiplicar sua arrecadação de impostos sobre os contribuintes. E foi o que aconteceu no mesmo período. De uma receita tributária própria de R$ 651 milhões no primeiro ano de Tião, ela saltou para R$ 1,1 bilhão em 2014.
O ICMS, principal fonte de arrecadação estadual, foi o que teve melhor desempenho, chegando a quase R$ 900 milhões ano passado. O crescimento pode ser atribuído às mudanças ocorridas na forma de recolhimento do imposto, que passou a ser cobrar o tributo quando da entrada no Estado, e não mais somente a partir da apuração das vendas, medida esta não aprovada pelo empresariado.
O endividamento do Acre pelos governos do PT é uma das principais críticas da oposição. Para ela, o governo se endivida demais sem levar em consideração as limitações financeiras de um Estado pobre e altamente dependente de transferências.
Já o Palácio Rio Branco, contudo, diz operar com responsabilidade, e que o Estado está dentro da sua capacidade de contrair empréstimos, justificando-os como essenciais para aplicar em investimentos.
Ao longo de 2014 os investimentos do governo chegaram a R$ 1,1 bilhão. Em 2011, quando chegou ao governo, Tião Viana teve um investimento total de R$ 793 milhões.
Fábio Pontes, da ContilNet Notícias