Os deputados federais Márcio Bittar (PSDB) e Perpetua Almeida (PC do B) estiveram reunidos hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, para incluir a PEC 556/2002 na pauta de votação da Casa em regime de urgência. O governo do PT é contra a aprovação da matéria, que vai beneficiar mais de milhares de ex-soldados da borracha. Na reunião de líderes, realizada hoje, ficou acertado que a PEC entrará na pauta de votação de terça-feira, 15.
O Acre é o estado para onde 50% desse total de ex-seringueiros vieram e decidiram fixar moradia para o resto de suas vidas, após o front de guerra, onde foram explorados, sofreram com o trabalho escravo e sobreviveram a doenças terríveis e aos ataques de animais selvagens, durante o governo Getúlio Vargas, na II Guerra Mundial.
Para que aconteça a promulgação há um caminho difícil a ser trilhado: a PEC precisa ser aprovada duas vezes na Câmara e duas vezes no Senado. Essa informação tem sido omitida pelas assessorias de políticos que querem tirar proveito pessoal da causa, uma vez que é difícil um acreano não ter um soldado da borracha na família.
Entre os 11 parlamentares acreanos em Brasília, a deputada Perpétua Almeida foi a que mais se esforçou para que a proposta chegasse aos trâmites atuais. Cabe alertar, ainda, que a maioria dos parlamentares segue as orientações do Palácio do Planalto. Este não tem muito interesse em fazer justiça com esses bravos homens. Os petistas Siba Machado e Taumaturgo Lima votaram, por exemplo, contra a repartição dos royalties de petróleo entre os estados da federação.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal