A Unidade de Recuperação Social Manoel Néri da Silva, em Cruzeiro do Sul, foi a primeira penitenciária do Acre a adotar o sistema de monitoramento eletrônico para controlar os reeducandos que cumprem pena em regime semi-aberto. Há uma semana 40 presos, sendo cinco mulheres e 35 homens, receberam o equipamento e estão cumprindo o restante da pena em casa.
A decisão pelo uso de tornozeleiras eletrônicas no presídio da segunda maior cidade do Acre foi tomada pelo Governo, após a determinação da Juíza da 2ª Vara Criminal de Cruzeiro do Sul, Andréa Brito, pelo fechamento da Penitenciária Guimarães Lima. A unidade prisional que foi a primeira a ser construída na região do Juruá para atender a comunidade carcerária de cinco municípios, ainda fazia parte do complexo penitenciário da cidade, mas já não oferecia condições para abrigar os presos.
No sentido de evitar a superlotação no presídio, foram adquiridos para a penitenciária de Cruzeiro do Sul 60 tornozeleiras. Para ter o direito ao equipamento e deixar o presídio para ser monitorado eletronicamente, em casa ou no trabalho, os 40 presos tiveram que passar por uma análise de comportamento. Todos já tinham cumprido parte da pena e encontram-se em regime semi-aberto.
Para a direção do presídio, é uma forma de desafogar a unidade prisional e ao mesmo tempo de dá oportunidade ao reeducando, que já cumpriu parte da pena e demonstrou que está bem avançado no processo de ressocialização, de voltar ao convívio social sob o monitoramento do Estado.
“É um grande avanço que o sistema prisional do Acre está dando para resolver muitos problemas da penitenciária. Além de evitar a superlotação, vai possibilitar que esses reeducandos que ostentam bom comportamento, possam voltar para casa e freqüentar um trabalho sendo monitorado eletronicamente” – disse o diretor da Penitenciária de Cruzeiro do Sul, Marqueones Moura (foto).
Tribuna do Juruá – Mazinho Rogério
