Motoristas pioneiro no trecho entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, denuncia que carretas de 70 toneladas podem comprometer obra milionária.
O caminhoneiro, Paulo Guedes, diz que na balança de controle de peso em Sena Madureira os caminhoneiros são humilhados. “As vezes temos que voltar pra tirar 200 quilos ou deixar um passageiro que está de carona, enquanto isso, para um grupo de cinco empresários de Cruzeiro do Sul não existe limite de peso, passam com o tanto que querem, enquanto nós estamos comendo o pão que o diabo amassou”, diz revoltado.
Paulo Guedes afirma que costuma presenciar a passagem de carretas com 70 toneladas, enquanto o limite para os caminhões é de apenas dez. O caminhoneiro que lidera um grupo de outros 150 motoristas, diz que é a favor do controle, mas tem que existir para todos.
“Os próprios policiais militares afirmam que nos abordam porque é o jeito, mas que a lei deveria ser pra todos. Eu sou um cidadão que pago meus impostos. Dentro do governo tem gente de posição, mas tem outros bandidos. Já na balança de Cruzeiro do Sul tem um homem que faz a gestão cumprindo a lei”, dispara.
O caminhoneiro compara a camada asfáltica com a espessura de um papelinho e diz que se continuar o movimento de carretas a estrada vai se deteriorar em um curto espaço de tempo. “Aí vão proibir também os caminhoneiros de rodar no trecho. Só tem uma coisa, nós temos mais de 150 caminhões, se nós não passar não passa ninguém. Não adianta trazer Força Nacional pra reprimir porque não somos bandidos. Sei que o governador não sabe dessas coisas, ele tem um coração bom e espero que ele reúna seus assessores e não continue trocando centenas de caminhoneiros por meia dúzia de empresário”, finaliza Paulo Guedes.
Da redação do Tribuna do Juruá