Os agentes de endemias de Cruzeiro do Sul, Mancio Lima e Rodrigues Alves fizeram um protesto na manhã de hoje (21). Eles querem a regularização contratual, melhores condições de trabalho, aumento do auxilio alimentação e o afastamento imediato da coordenação regional. Apoiados pela Central de Única dos Trabalhadores (CUT) e vereadores do PT, os manifestantes forçaram uma negociação e foram atendidos em suas principais reivindicações.
O presidente da categoria em Cruzeiro do Sul, Heleno Freitas, disse que a paralisação e o protesto foram por causa da “intransigência” da coordenação regional da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que não atendia as reivindicações. “Não somos irresponsáveis. Sabemos da importância do nosso trabalho, mas a gente precisava abrir um canal de diálogo, que findou acontecendo”, confirmou ele.
Os manifestantes também receberam o apoio da presidente do Sindicato dos Agentes de Endemias e Saúde, Raquel Cabral, que esteve na manifestação e negociações. “O nosso protesto é pacífico e ordeiro. O tempo todo buscamos o diálogo e o entendimento”, esclareceu a sindicalista, para quem a greve deve ser o ultimo recurso a ser utilizado por trabalhadores.
Através de um documento, a coordenadora da Sesacre garantiu a realização de concursos simplificados para a regularização dos contratos em Cruzeiro do Sul. Nos demais municípios, a efetivação será através das prefeituras, com auxilio técnico e financeiro do governo estadual. Atualmente, os agentes de endemias são contratados pela paraestatal Pró Saúde, em regime celetista, o que é proibido por lei federal.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal