Estudantes, professores, pais e autoridades participaram na manhã de hoje (17) de uma marcha contra a violência sexual de crianças e adolescente. O evento fecha o 1 Fórum Municipal. Com o tema violência sexual não é esporte, é crime, combata essa prática e palavras de ordem, os manifestantes ocuparam a Avenida Coronel Mâncio Lima e encerraram a caminhada na Praça do centro da cidade. A data de 18 de maio simboliza a luta contra o abuso e à exploração sexual infanto-juvenil.
A juíza, a delegada e o promotor especializados estiveram presentes, além de integrantes do Conselho Tutelar e Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).O coordenador deste último, Leônidas Fontes, pediu a mobilização da sociedade durante a caminhada. “Apesar da importância, não basta fazer passeata, dá palestra e fazer conscientização. É preciso denunciar essa coisa horrenda que é o abuso sexual contra crianças e adolescentes”, conclamou ele.
A deputada Antônia Sales (PMDB) disse que a maioria dos abusos começam na própria casa da vítima. “O abuso sexual é qualquer ato de natureza ou conotação sexual em que adultos submetem crianças e adolescentes a situação de estimulação ou satisfação sexual pela força física, pela ameaça ou sedução. Somente neste ano, o Conselho Tutelar de Cruzeiro do Sul registrou 45 abusos sexuais contra esse público”, informou a parlamentar.
Estatísticas comprovam que os casos apresentados são mínimos diante da realidade, pois, segundo os representantes das entidades, a maioria das vítimas tem receio de denunciar o abusador porque são ameaçados, ou são acometidos pelo medo de assumir o abuso para os próprios familiares.
Para os ativistas, a mobilização social é a melhor forma de combater “esse nefasto crime”. O Creas ampara e dá assistência àqueles que precisam de ajuda psicossocial. O atendimento com educadores e psicólogos também é realizado nos casos de encaminhamento do Ministério Público Estadual (MPE) e do Conselho Tutelar.
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Tribuna do Juruá – Jorge Natal