A crise continua afetando à Defensoria Pública do Acre no interior do Estado. A deputada estadual Antonia Sales (PMDB) voltou a falar sobre o caos que se instalou na instituição em Cruzeiro do Sul. Até mesmo o aluguel do prédio estaria atrasado há dois meses, no município, denuncia a parlamentar peemedebista.
Segundo Antonia Sales o atendimento na Defensoria Pública é deficitário e estaria prejudicando centenas de pessoas que não dispõem de recursos para pagar um advogado. Outra dificuldade seria a falta de servidores e defensores públicos que prejudica, inclusive, o atendimento no sistema penitenciário.
Revoltada, a parlamentar diz que a instituição foi abandonada pelo Governo do Acre, que teria articulado para não aumentar o repasse de recursos do orçamento à Defensoria Pública do Acre. “O governo aprova projetos para custear a defesa de secretários acusados de corrupção, enquanto o povo está abandonado no interior”, diz Antonia Sales.
A peemedebista informou ainda, que a população do município estaria se organizando para cobrar providências dos deputados estaduais da base de governo na Aleac, que não teriam se esforçado para solucionar as deficiências e a falta de recursos para estruturação da Defensoria Pública nas cidades do interior do Acre.
“Os deputados estaduais precisam assumir parte da responsabilidade na situação precária da Defensoria Pública. Até mesmo o parlamentar governista que apresentou a emenda à LDO que aumentaria o repasse a instituição recuou e votou contra sua própria iniciativa. O descontentamento popular será demonstrado nas ruas”, afirma Antonia Sales.
Antonia Sales finaliza informando que os defensores públicos que trabalham em Cruzeiro do Sul não disponibilizam nem de veículos para se deslocar ao presídio local. “É uma situação vexatória a que estamos enfrentando em Cruzeiro do Sul. Não temos defensores suficientes e os que têm não disponibilizam de veículos. Quem realmente está sendo prejudicado é o povo. Os gestores estaduais têm mordomias e direito até a contratação de técnicos especializados para defender seus atos de corrupção. Estamos vivendo num estado de exceção”, finaliza.
Ray Melo, da redação de ac24horas