A instituição proporcionou aos agentes o conhecimento técnico no trabalho desenvolvido com dependentes na Penitenciária
A Associação de Pais e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq) recebeu na manhã desta sexta-feira(19) 35 agentes penitenciários de Cruzeiro do Sul, Feijó e Tarauacá. Durante a visita os agentes conheceram os trabalhos realizados pela Apadeq e aproveitaram o momento para adquirir conhecimentos técnicos para lidar com os dependentes químicos das penitenciárias.
As repartições da Apadeq foram apresentadas para os agentes penitenciários, que ficaram impressionados com a estrutura e a forma de trabalho do local. A educação, a disciplina e a organização são fatores primordiais no dia-a-dia dos internos, fazendo o local se tornar referência nacional no tratamento da dependência química. Um dos fatores essenciais no tratamento dos internos da Apadeq é o tratamento psicológico oferecido pela profissional Clévida.
Após os agentes conhecerem as repartições do lugar, eles assistiram a uma bela apresentação realizada no auditório pelos internos. Com muito louvor, através de músicas, eles conseguiram emocionar a cada uma das pessoas presentes. Durante os discursos a assistente social da penitenciária de Cruzeiro do Sul, Nayana Neves, abordou a importância de conhecer os trabalhos desenvolvidos na instituição.
“Nessa visita à Apadeq conhecemos a dinâmica usada aqui, a estrutura da instituição, a forma de trabalho com os internos, e isso foi essencial para o desenvolvimento de nossas atividades na prática”, falou a assistente social.
Segundo o presidente da Apadeq, Raimundo Felício, o Branco, a instituição visa trabalhar sempre com a qualidade, ele ressaltou que ao longo dos anos a Apadeq atende com a prevenção e recuperação de dependentes químicos, recebendo pacientes de todo estado do Acre, além de outros estados da Federação como Belém, Manaus, Porto Velho e outros.
“A dependência química é responsável por 80% da violência urbana. O uso e abuso dos entorpecentes é o principal fator para a elevação desse índice. O trabalho realizado dentro da Apadeq visa prevenir e recuperar os dependentes químicos. Hoje atendemos pessoas de todo o Acre, além de outros estados da Federação”, abordou Raimundo Felício, o Branco.
Os dados dão conta que no Brasil existem mais de 1,5 milhão de dependentes em crack, 2 milhões em cocaína e 3,5 milhões em maconha, além das drogas lícitas, como o álcool e o cigarro, que são grandes problemas nacionais.
Tribuna do Juruá – Vanisia Nery