Com a baixa umidade os principais afetados são crianças e idosos
Tosse, dificuldade para respirar, vermelhidão e coceira nos olhos, sensação de pele ressecada, pigarro, crises de rinite alérgica, são sintomas comuns durante o verão amazônico. Com a baixa umidade do ar, na maioria dos dias o tempo é seco e quente. Características essas que levam ao aumento de pessoas procurando as unidades de saúde. Nesse período, o índice de pacientes com doenças respiratórias aumentou média de 20% no Hospital de Cruzeiro do Sul (AC).
Segundo o otorrinolaringologista, Drº Marcos Melo, devido aos transtornos causados pela presença do ar seco e da baixa umidade, muito comuns nesta época do ano, muitas pessoas necessitam de um tratamento mais intenso com internação hospitalar.
“Um problema respiratório pode ter uma complicação grave, com casos de sangramento. Só neste período já foram internadas três pessoas com epistaxe, que é um sangramento nasal, que pode ocorrer com muita intensidade, ocasionado pelo clima seco. O ideal é 60% na umidade do ar, quando baixa, os problemas já começam a aparecer” explicou o médico.
As dificuldades respiratórias se intensificam nos portadores de doenças pulmonares crônicas, como asma e bronquite, e nas pessoas que já tem problemas alérgicos. A piora da tosse e da falta de ar nesse período se tornam ainda mais evidentes. O médico ressalta que as pessoas que já apresentam problemas respiratórios devem manter seu tratamento. “Se essas pessoas abandonam o seu tratamento, eles ficam predispostos a ter piora no quadro”, abordou.
Atenção com crianças e idosos
Idosos e crianças representam o grupo mais suscetível ao risco de complicações, nesses casos a atenção deve ser redobrada. Existem diversos fatores que podem ser aderidos para se evitar as doenças respiratórias, como a ingestão de líquidos frequentemente, evitar exposição ao sol entre as 11h às 15h, o uso de vaporizadores ajuda a amenizar a baixa umidade. Em ambientes quentes e abafados também pode-se usar vasos com água ou toalhas molhadas , evitar fumar, principalmente em lugares fechados e próximo a crianças e idosos e evitar também as queimadas, entre outros.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery