Erramos, infelizmente, o título de uma nota de pesar emitida pela Prefeitura de Cruzeiro do Sul. Trocamos expressões de significados diametralmente opostos. Ao invés de grafarmos ‘Vagner se solidariza como família Cameli, noticiamos ‘Prefeito felicita família Cameli’. Pedimos desculpas ao leitor, à equipe de Comunicação da prefeitura e principalmente aos familiares do ex-governador Orleir Cameli.
Esse incidente poderia ter tido desfecho com a simples retirada do título, uma vez que o conteúdo da nota em nada corroborava com a manchete. Poderia! Sabem por que isso não acontece? Porque alguns “letrados” utilizaram as redes sociais para fazer chacotas, como se tivéssemos cometido um grande crime. Lamentavelmente algumas pessoas de bem entraram nessa onda.
Mas o pior desse episódio ainda estava por vir. Um site da cidade, na mais completa falta de ocupação, manchetou o incidente e ainda reproduziu alguns comentários retirados das redes sociais. O que teria motivado o redator a fazer isso? Esse é o propósito deste reles arrazoado.
“Como diria Jack”, vamos por partes, a começar fazendo duas perguntas que consideramos cruciais: o que leva um jornalista a se regozijar com o erro de um colega? Quais os motivos desse sadismo que não poupou nem a família Cameli?
Comecemos analisando o conteúdo noticioso do referido site. Podemos, com certeza, afirmar que não é um veículo que possuem um corpo de profissionais, limitando-se apenas a algumas matérias escritas pelo próprio jornalista-proprietário. Assim, quase todo material é oriundo da “agência” Control C e Control V (copiar e colar).
Na seleção desse material “gillette press”, existe uma predileção por notícias bizarras, como a de um homem que introduziu uma enguia no ânus ou de fofocas como a separação do casal Roger e Débora Secco. Como se pode notar, essas notícias, além de relevar um pouco da personalidade do jornalista, são de outras regiões e nada acrescentam à cultura, aos valores morais e à cidadania da população acreana.
Não temos a pretensão de ser os melhores, todavia amiúde publicamos notícias com os seguinte focos: as bandalheiras na construção da BR 364, o descaso com a segurança publica em nossa região, a situação caótica da maternidade, o aumento dos preços dos alimentos, a falta oportunidades para a juventude, a censura e a perseguição perpetradas pelo fascismo-vianismo e a usurpação do erário praticada por alguns empresários e agentes públicos.
A diferença entre os dois sites são abissais. Aquele não foi o nosso primeiro nem será o último erro, apesar de que doravante estaremos mais atentos. Atire a primeira pedra aquele quem nunca errou. A inveja não é um bom sentimento, colega, se assim possamos chamá-lo. Ela corrói as mais nobres virtudes que permeiam o nosso imaginário e corações. Portanto, jornalista pouco nobre, vá procurar uma lavagem de roupa.
Tribuna do Juruá