Os profissionais reivindicam a retificação no edital do concurso da saúde
Profissionais de saúde, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros, assistentes sociais e acadêmicos de enfermagem, realizaram na manhã de quinta-feira (07) uma manifestação pacífica na frente da coordenação local da Secretaria Estadual de Saúde. Os profissionais reivindicam a retificação no edital 002/2013/SGA/SESACRE da saúde, que exige a experiência mínima de seis meses para investidura no cargo, caso seja aprovado no concurso público.
“Dessa forma eles estão excluindo os recém formados, que não tiveram ainda um emprego, tirando dessa forma a liberdade de ampla concorrência. A nossa reivindicação maior é relacionada a esse item do edital. Podemos até aceitar essa exigência como critério de desempate, mas nunca como exclusão de determinado grupo de pessoas”, relatou a enfermeira Angla Vasconcelos.
O assistente social Adgilson Souza Ferreira também participou do movimento, e entende que a oportunidade deve ser dada a todos os profissionais, pois durante a formação acadêmica já receberam os conhecimentos necessários, em sala de aula e em estágios,para assumir os cargos.
“Todas as áreas são prejudicadas com esse fato. Isso para mim é exclusão. Não estão nos dando oportunidade, como vamos ter seis meses de experiência se não pudermos ter a 1ª chance?”, indagou o assistente social.
Os profissionais de assistência social passaram por um estágio de 450 h durante a formação, os enfermeiros receberam 3 anos de conhecimentos práticos através do estágio, como os técnicos que dos dois anos de estudo, um é de conhecimentos práticos dentro de hospitais e postos de saúde. O acadêmico do último período de enfermagem Erick Rogério, entende que a exigência do edital infringe a constituição e não leva em conta os anos de estudo dos profissionais.
“Esse edital é excludente, discriminatório e faz reserva de mercado. Quando falamos em concurso público não se pode referir apenas a uma parcela da sociedade. As pessoas não nasceram com experiência, mesmo as que tem o período de experiência exigido, um dia também não tinham essa experiência e foi dada a oportunidade, elas saíram da faculdade da mesma forma que nós. Que incentivo eu tenho como futuro enfermeiro em ter passado cinco anos estudando, me qualificando para contribuir com a saúde do próximo com uma responsabilidade social se no final do curso o governador faz isso conosco?”, falou indignado o acadêmico Erick Rogério.
Tribuna do Juruá – Vanísia Nery