O presidente da Associação Comercial do Juruá, Assem Cameli, declarou que vai procurar uma aproximação maior com as pessoas que decidem a cobrança de impostos, além de ressaltar a importância dos comerciantes na economia do estado. Ele é contra a antecipação do ICMS, anunciada em forma de projeto de lei com tramitação na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). “A classe não está sendo consultada”.
De acordo com o projeto, o imposto seria cobrado de duas vezes: a primeira na hora da entrada da mercadoria no Estado e a segunda na apuração (venda). “Depois do governo estadual quem dá segmento financeiro ao estado são os comerciantes. A associação quer participar desse momento de mudança do ICMS. Queremos saber o que realmente vem sendo feito em prol de nossa categoria”, disse Cameli, para quem a nova forma de cobrança pode estimular a fraude fiscal.
Ele acrescentou que sua luta é para evitar prejuízos. “O comerciante não quer muito, exige apenas respeito”, disse. Ainda em análise à cobrança de impostos, o empresário lembrou que para vender bem o comerciante precisa ter preço competitivo. “Todo mês a gente ver na grande imprensa o aumento de arrecadação de impostos e a saída do consumidor para fazer compra no exterior. São duas vertentes que precisam ser colocadas à mesa neste momento”, enumerou.
Para o presidente, o brasileiro precisa consumir dentro do país para fazer girar a economia. Cameli quer uma reavaliação da cobrança dos impostos e afirma que esta pauta vem sendo colocada por todos os diretores que representam o maior segmento da economia estadual. “Não temos a varinha mágica para dizer como é, mas sabemos o que cada empresário está passando. Não adianta criar imposto novo se o modelo não agrada”, citou ele.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal