Durante a oficina as lideranças comunitárias foram instruídas a como podem ajudar na proteção do clima e no uso sustentável da floresta.
Durante os dias 21, 22 e 23 de agosto a SOS Amazônia e o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC) realizaram no Centro de Treinamento da Diocese, de Cruzeiro do Sul, uma oficina sobre Mudanças Climáticas Globais, Florestas e Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais do Acre (SISA).
Participaram do encontro uma média de 40 lideranças comunitárias e extrativistas dos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul, pertencentes ao Vale do Juruá. O principal objetivo do encontro foi sensibilizar os produtores rurais em relação aos mecanismos de incentivos por serviços ambientais no contexto acreano, além de divulgar e difundir o SISA.
Para a produtora rural Maria da Glória do Nascimento, de 70 anos, moradora da Comunidade Nova Cintra em Rodrigues Alves, o encontro é muito proveitoso.
“Uma oficina como essa só tem a nós esclarecer e ajudar na nossa forma de trabalhar na nossa comunidade. Eu noto que nos últimos anos a situação do nosso clima mudou muito, cada dia se torna mais quente e seco, antigamente não era assim, e eu sei que com a nossa colaboração, de cada morador do nosso planeta terra essa situação poderá ser revertida”, falou ela.
Durante a oficina as lideranças comunitárias foram instruídas a como podem ajudar na proteção do clima e no uso sustentável da floresta.
“A mudança do clima vem atualmente afetando diretamente os produtores rurais, então estamos construindo esse espaço de diálogo com eles para conhecer quais são esses impactos, e de que forma que o Instituto de Mudanças Climáticas, através das políticas públicas pode colaborar para reduzir esses impactos, ou ainda se adaptar a essa nova situação” relatou a diretora-presidente do IMC, Magaly Medeiros.
Um programa de proteção permanente deve ser criado na região e levado até as comunidades em 2015, abrangendo dessa forma um numero maior de produtores.
“Eles são nossa referência na área onde vivem. E não somente com os produtores rurais, nós termos outras capacitações que serão levadas também para Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e comunidades indígenas, e também para região de Tarauacá, Envira, Alto Acre e Baixo Acre, e depois a gente volta para trabalhar nas comunidades rurais aqui”, complementou a diretora – presidente do IMC.
Tribuna do Juruá