O manifesto foi um repúdio a prisão de um repórter cinematográfico ocorrido durante as festas carnavalescas.
Amordaçados com faixa preta na boca, e uma faixa “Não a intimidação”, os profissionais se reuniram na tarde desta quinta-feira (19), em frente à sede da Delegacia Geral da cidade.
O fotógrafo Wiles Torres, 30, foi detido no último domingo (14), enquanto trabalhava na cobertura do carnaval. Por mais de sete horas, o profissional, apenas de cueca permaneceu preso junto aos demais presos na Delegacia.
No boletim de ocorrência, o jornalista foi acusado por desacato a autoridade, mas de acordo com testemunhas, o motivo da prisão foi o registro fotográfico feito pelo profissional de uma ocorrência envolvendo um policial civil em uma briga. Por não aceitar apagar as imagens, o profissional foi preso. A prova é tanto que o equipamento foi apreendido e logo em seguida, as imagens foram apagadas por um dos agentes da Policia Civil.
“Tomaram meu equipamento e apagaram as fotos. Fui conduzido à delegacia por desacato. Mas a única coisa que fiz foi registrar a ação da polícia em uma abordagem durante uma briga com foliões. Para a minha surpresa um dos envolvidos na confusão era um policial civil de folga e os outros me proibiram de registrar a ação”, explicou Wiles Torres.
O delegado responsável pela regional do Juruá, Elton Cristiano Futigami, esclareceu que todas as partes foram ouvidas e o caso está sendo apurado pela Corregedoria da Policia Civil do Estado do Acre.
Tribuna do Juruá