Uma nova decisão da Primeira Vara Criminal de Cruzeiro do Sul, expedida durante esta segunda-feira (06), pela juíza Adamarcia Bonfim, decretou a suspensão dos diretos de dirigir e o pagamento de fiança no valor de R$ 8 mil para Renan Eduardo da Silva Brito, acusado de ter provocado um acidente que feriu 17 pessoas, no dia 17 de março. No momento dos fatos o motorista teve a prisão relaxada pelo juiz José Wagner que desconsiderou o flagrante realizado pela Polícia Militar.
A revisão do processo que apura o caso foi feita a partir de uma ação do Ministério Público. O promotor Washington Moreira pediu a retração da liminar expedida pelo Juiz Wagner Alcântara, que assumia a 1ª Vara Criminal à época do acidente.
De acordo com o magistrado, os procedimentos policiais não justificariam o flagrante, já que o motorista não teria sido perseguido e já estava em casa no momento da abordagem onde não foi encontrado com nenhum objeto que comprovasse que o mesmo tivesse cometido algum delito. Além disso, o pedido de prisão teria chegado ao conhecimento do juiz, após o prazo de 24 horas.
Na decisão de Adamarcia Bonfim, além considerar a legalidade da prisão em flagrante, foi determinada a fiança de R$ 8 mil e a suspensão da CNH do motorista. Renan também foi proibido de frequentar bares e outros locais de festas e só poderá se ausentar da cidade com ordem da justiça.
Mesmo com o reconhecimento do flagrante, a juíza decidiu manter a liberdade do condutor do veículo, sob alegação de que o mesmo não representa um risco para a sociedade, manter residência fixa e por está prestando assistência às vítimas.
O acidente
Renan Eduardo da Silva Brito, 21, é acusado de ter provocado um acidente que feriu 17 pessoas, no Bairro João Alves, no dia 17 de março. O jovem conduzia um carro, tipo saveiro, supostamente sob efeito de bebida alcoólica, e após bater contra uma motocicleta atingiu um grupo de pessoas, entre elas, 7 estudantes da Escola de Ensino Médio Dom Henrique Ruth que caminhavam pela Rua Antonio Costeira. Das vítimas apenas três tiveram ferimentos mais graves e continuam em tratamento, mas já estão fora de risco de perder a vida.
Tribuna do Juruá