Nas unidades de saúde de Cruzeiro do Sul estão funcionando apenas os serviços essenciais. Os médicos aderiram ao Dia Nacional de Mobilização contra a importação de médicos formados fora do Brasil, sem a revalidação do diploma. Em Rio Branco, o Sindicato dos Médicos (Sinmed) e Conselho Regional de Medicina (CRM)) promovem uma manifestação e ameaçam uma greve por tempo indeterminado.
A iniciativa integra as ações propostas pelas entidades médicas nacionais: Associação Medica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que reuniram seus representantes, sociedades médicas de especialidades, estudantes e residentes para definir o posicionamento da classe médica frente às recentes medidas anunciadas pelo governo na saúde pública.
Em carta aberta, as entidades divulgaram a importância da mobilização como “reação das entidades médicas que simboliza a resistência dos profissionais e dos cidadãos ao estado de total abandono que afeta a rede pública”. O responsável pelo movimento em Cruzeiro do Sul, Médico Heitor Sabino de Freitas, aderiu apenas ao dia nacional de mobilização. “Não podemos aderir à greve porque somos funcionários da organização sem fins lucrativos, Nossa Senhora da Saúde”, esclareceu ele.
A maioria do contingente médico da cidade e região é formada por estrangeiros ou brasileiro formados em Cuba e na Bolívia. Tanto as prefeituras como o governo estadual não oferecem salários atrativos para a classe. “É verdade que existe o déficit médicos nesta região, porém, as entidades de classe não podem concordar com uma revalidação de diploma sem rigorosos critérios”, disse Heitor Freitas.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal