Francisco fez a afirmação na presença de Graziano e de integrantes da 38ª Conferência da FAO que ocorre em Roma, na Itália. O papa destacou que é fundamental buscar soluções para reduzir o “abismo” existente entre os que saciam a fome e os que sofrem com ela.
“Sabe-se que a produção é suficiente e mesmo assim existem milhões de pessoas que morrem de fome e sofrem com ela: isto constitui um verdadeiro escândalo”, ressaltou o papa. “É necessário encontrar modos para que todos possam se beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que aumente o abismo entre quem mais tem e quem deve se contentar com as migalhas, mas, sobretudo, por uma exigência de justiça, equidade e de respeito pelo ser humano.”
O papa sugeriu que os itens referentes à dignidade humana e às pessoas sejam colocados como pilares sobre os quais devem ser constituídas regras e estruturas, combatendo intenções econômicas. Os interesses que transgridem os valores considerados essenciais por Francisco foram chamados de “míopes” e capazes de “desagregar a sociedade”.
Francisco lembrou que há uma crise no mundo de convicções e de valores. Ele pediu aos representantes dos vários países na FAO que “abram seus corações”. Segundo ele, as pessoas devem aprender a ter condições para analisar, compreender e doar, abandonando as “tentações provocadas pelo poder”.
O ano de 2014 na Igreja Católica Apostólica Romana será dedicado à família rural, lembrou o papa, reiterando a importância de fortalecer os vínculos familiares.