A diretora da rede de bibliotecas do Acre, Helena Carloni, disse que a nova biblioteca de Cruzeiro do Sul não tem prazo para ser entregue à população. “Estamos ainda em fase de capacitação dos servidores e abertura de licitação para compra de mobiliário, disse ela, garantindo que o acervo está completo. O financiamento, de quase R$ 5 milhões, foi feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) e Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD.
A nova biblioteca estadual, localizada no coração da cidade, é, de longe e de perto, a estrutura predial mais imponente da cidade. Com fachada de vidro blindex fumê, quatro andares, elevador, rampa eletrônica para cadeirantes e um espaço elevado para exposição, a nova estrutura, que já deveria estar funcionando há quase um ano, é um elefante branco.
Dentro, lonas cobrem o chão e fitas isolam várias salas no saguão de entrada. Os elevadores estão desligados e, por enquanto, o acesso aos pisos superiores é feito pelas escadas. A obra foi concluída há quase um ano. “Só poderemos ocupar o espaço depois que a SEOP (Secretaria Estadual de Obras Públicas) passar o prédio para a Fundação Elias Mansur”, acrescentou Helena Carloni.
Enquanto o novo prédio não é entregue, a biblioteca pública em Cruzeiro do Sul continua funcionando no acanhado prédio da Avenida Rodrigues Alves, também no centro da cidade. Alunos, professores e ativistas culturais estão revoltados com o descaso do governo. “Já estou vendo o dia da inauguração, que vai ser cheio de pompas”, comentou um produtor cultural.
Tribuna do Juruá – Jorge Natal