O caso de latrocínio que chocou a cidade começa a ser julgado
Na manhã desta quarta (23), a família do Policial Militar Marcos Roberto Araújo, que foi assassinado no dia 30 de dezembro de 2014, após um assalto ao empresário João Célio Gaspar, realizou uma manifestação na frente da cidade da Justiça pedindo a pena máxima para os envolvidos no crime.
A justiça deve começar hoje a audiência de julgamento, onde todos os envolvidos no crime, além de testemunhas e demais pessoas serão ouvidas. Entre os acusados, três foram transferidos para o estado do Paraná, sendo Maicon Douglas, José Valdenes e Eurico Mendes. Já João Vitor, que efetuou o disparo, Sergio Oliveira de França e Francisco Altevir estão em Cruzeiro do Sul e devem ser ouvidas pelo juiz da comarca local.
O tio da vítima, José Correia, informou que a manifestação feita pela família busca a pena máxima na condenação dos acusados.
De acordo com o juiz responsável pela Vara de Execuções Penais em Cruzeiro do Sul, Hugo Torquato, neste primeiro momento todas as pessoas envolvidas serão apenas ouvidas, e só depois acontece o julgamento.
“Essa audiência se destina a coleta de provas a respeito dos fatos que estão sendo apresentada pela acusação, colheita também das provas indicadas pela defesa, se destina a oitiva de testemunhas, oitivas de assistentes técnicos, caso haja, e se possível a conclusão dessa instrução ela vai se destinar também ao julgamento das pessoas acusadas”, explicou.
Segundo o juiz, como a prática cometida pelos acusados trata-se de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, o caso não será levado a júri popular.
“Não haverá júri popular, pois o Ministério Público denunciou como um crime de latrocínio é diferente porque a hipótese é de que não é de crime intencional contra a vida, embora tenha havido uma morte, o Ministério Público entendeu que a intenção era de levar o dinheiro, e não a morte, a morte é um dano colateral. Por conta disso ele não é julgado pelo Tribunal do Júri” declarou o Juiz.
De acordo com o juiz, os envolvidos no crime que foram transferidos para outro estado serão ouvidos através de carta precatória, por um juiz de outra comarca, por essa razão não existe previsão de quando acontece o julgamento.
Tribuna do Juruá – Uiliane Barbosa, com informações Alexandre Gomes.